Sem título(Poema 25)
É esse pequeno e indistinto ser que
Aqui está que deves conhecer.
Não mais voltar a face.
Tornar-te impassível diante do
Apresentável e sim fixar teus olhos
E pensar em mil situações.
Pensar nesse espelho dependurado
Na parede em forma simples
E descuidada, aproximar-se deste
Espelho e pousar as mãos
Levemente sobre o vidro
Escorregar ambas as mãos
E sentir as digitais sendo
Deixadas em todo canto.
Ainda a boca e os lábios
Ao mover, fazer pequenos movimentos...
Entras neste espelho, alma que
Vive aí teu espaço e inspira um
Ar de monótona moradia emoldurada.