Espera

Esperei sem que o tropeço do tempo

pudesse num abracadabra se manifestar

trazendo-me melancolia como chuva incessante

que de tanto cair de tristeza em mim me fizesse chorar.

Esperei à beira de um mar de águas claras

com desejo intenso de lançar-me içando velas

como barco sem rumo ao sopro de brisas raras

navegando calma viagem entre as praias mais belas.

Esperei sem que a solidão invadisse minh’alma

longe do tempo dorido, da chuva e das tempestades.

Queria que nenhuma saudade matasse-me à beça

pra termos em nós dois inteiros e não duas metades.

Paulo Henrique Frias
Enviado por Paulo Henrique Frias em 12/05/2011
Código do texto: T2965983
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