Ao pé da lagoa

Eu tenho medo,

De acordar um dia

E não te encontrar na minha cama.

De ter que enfrentar a vida

Sem o teu suntuoso sorriso querida.

Faz dessa minha vida tão sem graça

E covarde,

Um ato de alegria

Que eu nem ao menos consigo descrever,

Que palavra alguma é capaz de explicar.

Nas tardes assistindo o sol ao pé da lagoa,

Nos filmes de terror nada assustadores,

Na paz noturna da praça

E na promessa antiga de me conceder uma dança.

Momentos simples,

E simplesmente inesquecíveis.

Como a tua contagiante alegria

Reluzida extraordinariamente nos teus olhos.

Sorte tenho eu de caminhar ao teu lado.

E medo maior em mim não existe,

Do que o de te perder para mim mesmo querida.