Ausência
Ó palavra tão doce
Por que te escondes em minh’alma?
Este silêncio de tua ausência me entorpece, consome...
Volta depressa e deixa-me possuir-te.
Refaz em mim o prazer de estar aqui
Restitui à existência a certeza de que haverá o amanhã...
Se não gostas, se te incomoda meu querer,
Vem e me diz — ó palavra arredia!
Diz que te aflijo com minha insistência
E te deixarei em paz
Até que sintas o quanto significas
O quanto me fazes bem
Ó palavra minha! Por que foges?
Por que sinto tanto esta falta
Esta lacuna que me torno
Cada vez que escapas de mim?!
Azédisouza