Seduzida por um sonho!

Me invadiu a alma,

Com um olhar pedinte.

Despindo-me o pudor,

Com palavras sôfregas de emoção,

Despertando então em mim,

Essa louca paixão.

Com versos em brasas,

Marcaste meu corpo... Afugentou-me a razão

E embalada numa melódica voz adormeço e espero.

Tua ausência me desespera,

Faz fugir-me a calma... Prisioneira que estou,

Do teu lírico amor.

Seu selo gravou, onde sua mão imaginou passar,

__No fundo, passou!__

Carícias feitas, em frases perfeitas,

Menestrel de ilusão...

Toucou-me o coração, a alma, a mente...

E a única certeza que tenho... Amo-te, somente!

Meu poeta de brumas,

Que fez nascer em mim, uma sensação...

De entrega, de fim de espera...

Meu porto, de aconchego seguro,

Não quero crer em desilusão!

Foi real nossos momentos...

Pude sentir teus beijos vindos no vento!

Um olhar pedinte, envolto em luz cálida, fugaz,

Você se foi, levando contigo minha paz!

Hoje, minhas noites são frias,

Pois desperto, sem o calor de teus versos...

Então alucinada me lanço numa busca ao nada.

Desperto outros corpos, semeio desejos,

Na procura, de sentir um renovo de sentimento,

Busco em outras bocas,

Ínfimo que seja... Teu beijo!

Teu cheiro no ar, inunda meus pulmões,

Invoca tantas sensações...

Faço amor solitária... Estou apaixonada!

Teu olhar, espelho do meu desejar...

Refletindo em palavras, trocadas,

Amor feito na madrugada,

Quando num ritual de entrega,

Tirávamos peça por peça...

Embalados em prosa e versos... Fazíamos sexo.

Tocávamos nossos corpos aflitos,

Dividíamos conflitos... Tão cúmplices, amigos,

Estávamos, ambos, seduzidos, envolvidos,

Nas chamas do tesão... Dominados pela paixão.

Saciados, nós permitíamos sonhar.

Hoje, a saudade verto em lágrimas tristes,

Pensamentos dispersos... Que insistem em te alcançar.

Volta, resgata-me desse abismo,

Que se lançaram meus sonhos.

Traz de volta a fluência das palavras,

Me devolve a inspiração...

Me envolve mais uma vez com tua luz...

Vêem, mais uma vez me seduz!

Liberta meu coração,

Dessa abissal solidão!

Observadora
Enviado por Observadora em 20/11/2006
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