OS OLHOS AZUIS DO CÉU *
Na imensidão do universo meu pensamento vagueia nos mistérios da natureza comparando tanta beleza me sinto um grão de areia. Dos murmúrios das cascatas as cachoeiras com seus véus mergulhei a contemplar os olhos azuis do céu. Eles vêem tudo, de tudo tem conhecimento eles tudo se abrange até ao serenar dos ventos o pulsar dos corações, as aves a revoar a mansidão do oceanos, os temidos furacões. Vê os pensamentos do homem suas alegrias, tristezas, boas obras, as proezas que a si mesmo consome. Os olhos azuis do céu vê o sol raiar e se pôr no horizonte, vê a florzinha no monte os peixinhos no mar e a gaivota a voa. O homem do campo no seu trabalho vê as folhas nos galhos as flores virarem frutos saborosos. Vê o bem construir maravilhas, a malícia derrubar tronos poderosos, vê o sensato vencer e o insensato ser derrotado até pela própria natureza como temos presenciado. Os olhos azuis do céu vê as grandes cidades a riqueza, vê favelas e a pobreza, vê as boas virtudes da humanidade praticando a caridade. Vê também a maldade massacrar sem compaixão vê crianças abandonadas pôr pais sem coração, também vê as famílias que vive em harmonia na mais perfeita união. Vê nossas alegrias e tristezas com o poder que eles tem, vê nossas alegrias e tristezas com o poder que eles tem, vê o que fazemos sem esconder e o que fazemos escondidos também, os olhos azuis do céu devem ver com compaixão a juventude do mundo nos caminhos da perdição, também os jovens sem sossego com tamanho desemprego sem acesso a educação. E como vê os mais velhos no seu canto a meditar, dos costumes de hoje em dia é difícil concordar. A vaca já foi pró brejo hoje a coisa ficou feia e a voz da experiência e tem gente que odeia os olhos azuis do céu olham o mundo com tanto amor, os olhos azuis do céu, os olhos do criador.
* A referida poesia é de autoria de ( Manoel da Silveira Corrêa - conhecido em Vazante-MG como: Manoel da Tunica).