Que o último salve o mundo
 
A cidade abre suas ruas
expõe suas alas
espalha suas cores
para deleite da janela retina
que me abre para o dia...
vejo a correria de uns
a insatisfação de outros
a melancolia de todos
num vai e vem
que faz pulsar meu coração
ao questionar
onde toda essa gente vai parar
e reparar que vai perdendo
a sensibilidade a cada passo
e o sentimento que deveria prevalecer
acaba esquecido numa esquina qualquer
atrás da cortina de um sonho
por entre as dores que não acabam nunca
acumulam-se
como a gordura que envolve o coração
até enfartar
e findar a ilusão!

 
2011
Marcos Horto
Enviado por Marcos Horto em 10/05/2011
Código do texto: T2961201