PÉ NA ESTRADA

Com o pé na estrada
Levando porrada
Sendo saco de pancadas
Tropeçando em lombada
Entre as revoadas destroçadas
Do teu eu que cambaleante
Em vestes opacas e dissimuladas
Esfrangalhadas feito vassoura piaçava
Tenta sobreviver em vão
Enquanto a sofreguidão
De um sim e de um não
Traz à tona, a baila, a orla sem demora
As coisas velhas e novas da incansável aurora
Que ofuscam tudo o que não tem mais chances de glória.

Zaymond Zarondy
Enviado por Zaymond Zarondy em 10/05/2011
Reeditado em 10/05/2011
Código do texto: T2960215
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