O GRITO DA NATUREZA
Maria Luiza Bonini
Ouço teus apelos, em sons estranhos
Como se um adeus, dissesse em prantos
Suave, ressoa, com uma dor tamanha
Que, impotente, silencio em meu canto
Dolorosa e derradeira súplica, emana
Tal inocente condenada a morrer inerte
Vítima da asquerosa crueldade humana
Nesse flagelo de horrores adversos
Mãe de toda a beleza do universo
Perdoa o mal de teus filhos perversos
Imbuídos da ignorância, que avassala
No dia em que, enfim, tudo terá se acabado
Não haverá quem conte a triste história
Deste macabro genocídio e de tua luta inglória
SP. 13.10.09