Verso [(Des)Ma[o](dé)]scar(r)ado

A Arte da viajosidade em versos desmascarados, mascarados, demodés, moscarados, escarrados, ex-carados, com cara, sem cara, caralho. Mascarados versos versados na arte do verso podre e açucarado.

Verso [(Des)Ma[o](dé)]scar(r)ado

Máscara

De carne e sangue

Rútila ou obscura

Onde o mundo esconde,

Todo mundo se esconde,

E ninguém esconde

Esconder-se do mundo.

De falsas caras, falsos rostos,

Falta alma, sobram caras,

E ao ser mais de duas,

a essência individual

já foi fatiada e rejuntada

atrás de uma torta máscara

padrão para a pobre plebe,

que aceita calada e sorri

para a puta magra

que lhe é oferecida.

Vejo escrito, ignorância

Numa máscara padrão

Sem espaço para olhos

Só espaço para tortos

ritos. Sem espaço

para o crítico,

que quer máscara melhor

que sempre vive na pior

Que tem máscara odiada

E existência mal amada.

Suas máscaras, as esconda!

Troque-as sutilmente!

Para que não percebam

a tua defeituosa quimera.

Arraste tua carcaça

para a sombra do teu lar

e lá as retire, teu conforto

único será esse bem estar

Estava a escrever,

Mas a máscara dada

pela musa não tem

lugar pra inspirar,

E sem máscara,

o mascarado morre.

Dija Darkdija in http://dijadarkdija.blogspot.com (entre no blog para melhor visualização)