... do coração
As ilusões perdidas são folhas tombadas da árvore do coração.
[J. de Espronceda]
Árvore do coração, engraçado não?
Poderíamos formalizar então; o amor é fruto, as folhas são sonhos; sendo assim cada folha dispersa – uma ilusão incontestável – a verdade é que todos os amores marcam, desde o primeiro amor, aquele duro, árduo, sofrido e na maioria das vezes não correspondido; neste momento, nasce nossa primeira frustração amorosa.
Todo e qualquer coração sofre, se não sofreu sofrerá; é consequência do amar. “Não que o amor cause isso” nos o causamos...
Deveríamos amar 24h por dia, da mesma forma que respiramos talvez dessa forma o amor não fosse “relativo” a forma que o recebemos. Amar – dar amor – há melhor forma de viver? Amar na verdade é o elixir da vida, é o segredo para ser irreversivelmente feliz.
Cada ilusão (sonho) contida em nós é o que nos da força para continuar, fora os sonhos de mudança, os desejos de mais e mais, fora o incomensurável desejo de alcançar aquele amor “impossível”; Diga-me, qual seria a graça de viver sem tais sonhos – ou ilusões – chame como quiser; viver é sonhar e sonhar é iludir-se, a palavra [iludir] não precisa ser considerada maldosa e/ou proveniente do mal.
Vamos colher os frutos e preservar a árvore, pois o amor não espera para sempre, e cabe a nós podar com gentileza a arvorezinha que nos foi imposta, cuidar sempre para que o fruto vá bem, pois a melhor recompensa de amar é ter em troca um amor casto; As folhas secas que tombarem, bom é comum, afinal toda árvore precisa renovar-se; todo amor precisa adaptar-se, pois não somos perfeitos e também não devemos buscar perfeição...
[Ilusão] 1. Engano dos sentidos ou da mente, que faz tomar uma coisa por outra
2. Sonho, devaneio.