TEMPESTADE

Nuvens abafadas
Vento irado
Trovão zunindo
Relâmpago descendo pelos ares
Um aguaceiro danado
Rolando rua abaixo
Um furor violento
Pelas gargantas dos esgotos
Não desce nada
Apenas o silêncio da natureza
Engolido pelo mugido da água
Agora só escombros
Àgua descendo serena
Varrendo a rua
Rumo ao rio
A natureza abafa seus clamores.
E as ruas
Solitárias
Comungando meu silêncio
Depois que a chuva
Açala minha vidraça.

Fatima Castro
09/05/2011