MEDO OU QUASE ALEGRIA

A fragilidade é tanta

E tanto é o seu temor

Qualquer toque, profundo êxtase

Acompanhado de infinita dor

O desejado muito esperado

Depois remorso e pavor

Por que tanta punição ao corpo

Querer torná-lo sem cor?

O botão fica viçoso

E logo explode em flor

Lança-lhe o Astro espada quente...

Ela é toda orvalho e frescor

No dia seguinte, se um novo raio a procura

O canteiro já se fez sepultura

Uma cruz solitária é o único esplendor

Ronaldo Fonseca
Enviado por Ronaldo Fonseca em 09/05/2011
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