EU CONTINUO

Atrás de uma luz tênue,
Esfrego meus olhos
E continuo
Carrego o peso de mundos
Em meus bolsos
Sedentos
E continuo
A luz reforça seu brilho
Meus olhos reclamam
E continuo
Meus pés prosseguem
Quase morrendo, aos poucos,
Eu continuo
Eu sei, são as primeiras horas do dia
Que me saúdam com seu hálito funesto
De menta e hortelã
Bate sol! fustiga firme minhas vistas.
Não tem outro jeito
Continuo.
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 09/05/2011
Código do texto: T2958021
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