ÚTERO DA DOR
Enclausurei a estúpida vida
no útero escuro da dor
Medo de não saber viver ,
sob os raios do reluzente sol
Nos labirintos da ilusão
teci meus pálidos dias
Com o terço da agonia
rezei os mistérios da solidão
Solidão de ser um poema torto
Nos versos brancos vejo-me
como um pobre sonho morto,
no frio jazido do coração
Triste coração amordaçado
pelas algemas do tempo
Nas muralhas do sofrimento
chora lágrimas carbonizadas.
Recife-Pe