ÚTERO DA DOR

Enclausurei a estúpida vida

no útero escuro da dor

Medo de não saber viver ,

sob os raios do reluzente sol

Nos labirintos da ilusão

teci meus pálidos dias

Com o terço da agonia

rezei os mistérios da solidão

Solidão de ser um poema torto

Nos versos brancos vejo-me

como um pobre sonho morto,

no frio jazido do coração

Triste coração amordaçado

pelas algemas do tempo

Nas muralhas do sofrimento

chora lágrimas carbonizadas.

Recife-Pe

Zena Maciel
Enviado por Zena Maciel em 19/11/2006
Código do texto: T295758