Tebas(Poema 21)

Tebas

as vítimas da Indonésia

A grande Tebas ilumina-se com archotes

A luz fraca, bruxuleante, monótona...

Grande Tebas de Édipo, mãe de todas as

Religiões misturadas, de todos os tipos humanos.

De todo e qualquer vislumbre.

Tebas de escravos e senhores, de homens

Que passam pelas ruas com as clâmides esvoaçantes,

Mulheres carregando suas vulgares e simples, tão simples

Mercadorias vendidas por mercadores sem coração, alma,

Mercadores de negros e vis pensamentos, pensamentos metalizados.

Homens que enriquecem seus bolsos cheios, homens sem tino para a

A essência da vida, homens neuróticos, histéricos, falastrões, estúpidos e boçais.

Tebas de inúmeros guerreiros, homens valentes

Que arriscam sua idoneidade para salvar crianças

Que ao tornarem-se adultas expulsarão estes mesmos heróis...

Tebas de riquezas, belas mulheres, vinhos, estátuas recém- pintadas...

A grande cidade vaza seus olhos num sangue intransigente,uma

Grande cega moribunda, ignominiosa, fútil e indecorosa...

Tebas que monstros e criaturas condenas pousam

Garras e aniquilam com ferocidade nunca vista

Por olhares humanos ainda trêmulos.

LuHessBuss Moonshadow
Enviado por LuHessBuss Moonshadow em 08/05/2011
Reeditado em 05/05/2023
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