Labirintos

Não vou pelas formas redondas e acompanhadas...Vou pelas beiradas...

E o verso perdido ganha os ares de rabisco... Serpenteio as muralhas e escadarias... Servente... Servida do Dionísio deleite... Das ervas pequenas... Das Flores que adornam as tranças.

Passeio pelas vitrines da vida... Labirintos...Pelas colchas de retalhos...Pela febre que o corpo anuncia... Dedilhadas pérolas.

Não há vértice, nem, tampouco, prumo... Há rumos... Rascunhos.

Escolhas e maltrapilhos ângulos... Vozes arredondadas... Arrepios e o vento a acariciar a face... Sopro.

O compasso das linhas coloridas... Das ondas que a dança presencia... Uma imagem coberta de espelhos... Fragmentos.

A cintura torcida e retorcidos chocalhos...Pedrarias...Rias.

Lenços e fitas... Os ares de perfumarias...

Começam as sílabas da dança cigana... Arte! Enlace... Lancei o movimento preciso dos quadris... Do enrolar de pernas... Do argumentar em boca...

Ar... O lançar-se às nuvens... Escorregar nas curvas do corpo envolto... Soltos os lenços, passear do agitado ritmo do saber AMAR.

Perco-me nas luas... Em madrugada, criança...

Dançando em parte... Ruas!

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