A árvore de júlia
( Peça teatral )


Quase todos os anos
até julho . . . eu na floresta
cuidava de minha pequena árvore
e até dezembro, os desenganos.

Não cortem a minha planta
o que faz de mais pra morrer?
deixem-na crescer tranquila
façam outra coisa, a dor é tanta . . .

Querem construir o futuro
e o que tenho a ver com isso?
pensem progresso de outro jeito
almejam madeira, o resto monturo.

Pelo amor de Deus
não matem esta planta
e não tendo outra forma
da madeira façam tablado . . .

Para o abrigo de peças
de teatro de minha vida
assim não a terão matado
Sou Réia, de Zeus.

Agora, Hera, a floresta
como belo vivo teatro
minha árvore já não existe
sou apenas Júlia, o que resta.

Leandroderecife
22.04.2011

LeandroRecife
Enviado por LeandroRecife em 07/05/2011
Código do texto: T2955690
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