AMANHECENTE

Os caminhos orvalhados

pelo beijo sutil da

madrugada

amanhecem morosos.

O dia estupra este poema.

Um vento brando sibila pelas

folhas

e um sol premente

cintila nas pupilas dos

pássaros despertos.

O caboclo, recostado na

cancela,

recobre-se de paz e de manhãs.

Enzo Carlo Barrocco
Enviado por Enzo Carlo Barrocco em 30/06/2005
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