AMANHECENTE
Os caminhos orvalhados
pelo beijo sutil da
madrugada
amanhecem morosos.
O dia estupra este poema.
Um vento brando sibila pelas
folhas
e um sol premente
cintila nas pupilas dos
pássaros despertos.
O caboclo, recostado na
cancela,
recobre-se de paz e de manhãs.