Teatro pessoal.
Um longo tempo se vai
Nas cinzas ao vento
De uma fênix cansada
Que ainda sim, renascerá.
E você, ressurgirá?
Está notavelmente cansado,
O tempo castiga
E o vento gela a sua alma.
O tempo não para,
O show tem que continuar.
Vai deixar que baixem as cortinas
Em pleno quarto ato?
Por que ninguém morre feliz?
Sob aplausos e ovações?
Não há mais o que fazer,
Reverencie e se vá.
Você não quer ver o público saindo;
Dói a chegada do fim.
Mas, sempre chega, sempre.
Apenas, trinque os dentes.
... Minha peça já está no fim.
Este é o meu penúltimo ato...
Mas, escute os aplausos
E os pedidos de bis!
Eles querem me ver renascer...
Mas, esqueça a fênix
Minhas cinzas se vão...
Já posso sentir o vento
Já posso sentir o tempo,
Um longo tempo, indo embora.
Deixando-me as ruínas...
De meu teatro pessoal.