A correria da vida
Devo ter nascido
Numa pista de corridas
Onde o vento bate forte
E a vida simplesmente passa
Logo o dia se torna noite
A noite se torna dia
A vida se transforma em morte
Num segundo, num minuto que seja
Não há nada que faça parar
O relógio da vida
Que em tempos modernos trota
Rumo à escuridão desconhecida
O tempo real de um beijo
De um abraço entre amigos
O sorriso tímido e insistente
De jovens enamorados
Os detalhes mais gostosos
Passam despercebidos
Somos máquinas, somos objetos
Sendo arremessados aleatoriamente
Fecho os olhos por um segundo
E mundo, despenca
O tempo que ainda me resta
Será valioso, serão meus últimos minutos