MISANTROPIA DO MAL

Fechei-me em mim mesmo

Ensimesmado como criança no seio

Melhor que ficar a esmo do teu lado

Desesperado e esfomeado

Como coluna do meio

Tendo um céu de fundo falso

Cabeças no cadafalso

Tantos verdugos tantos mascarados engravatados

Na vida tantas galochas enlameadas

E tantos pés descalços nas calçadas

Vejo águias sem voar

Sob o acórdão da fé pública

Sentam do alto da montanha de prédios a devorar

A presa facilmente abatida por sua esperteza

Que além de tudo a exerce com precisão

No contrato de sua fortaleza armada

Ostracizando o cargo que ostenta diante da realeza

Que o dá carta branca, pra sua matança psicológica

E guerreiam com suas caças

Predadores reunidos a tramarem contra o ninho

Contra a carne em troca da precisão do cifrão!

Pistoleiros com garras afiadas de colarinho

A olhar do alto como faziam os romanos

Diante de cristo crucificado!

Apostatas condenado ao sacrilégio

Sortilégio da má fé, engodos de um sistema falho

Usam as engrenagens do poder frangalho

Formam seus quebra cabeças

Informam imprensas e ao vulgo o canário

Põem a cabeça a prêmio, cuidado

O próximo pode ser você!

Há mais coisas por trás destes seres

Acobertados pela falsa democracia

A tirania é a mesma

Nua e crua há uma indústria sutil

Um poderio muito maior que

Ordena esta manada retrátil...