O Tempo Passa

Me alimento do absinto de tua ausência, prisão sem muros, suspiro intenso direto da alma...

Dilacera meu coração, frio e calculista é medo do amor, medes o quanto irás sofrer e não se apega a ninguém, que amor dorido, ferida cujo o dedo vira e mexe e sempre se volta para lá, cutucando, revirando o que fizeram... e logo te viras e reviras no teu leito e diz: Não, não vale apena amar, não quero sentir pena de ninguém, a ti não quero me apegar. E assim o tempo vai passando, as folhas se vão mudando de lugar e a vida nunca passa, o tempo nunca muda, as correntes enferrujaram-se, os laços se embetumaram, a vida parou e o sentimento puro esvaiu-se por entre os dedos... Onde estará? Estará em outra vida? Com outra vida? Em outra esfera? Em outra escala ou continente? O tempo passa e com ele passam a esperança, a fé e o amor... PASSOU!

Paoloalmada
Enviado por Paoloalmada em 06/05/2011
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