Estátua

Neste pátio de sonhos e magias

De gargalhadas

Descontraídas

E árvores bonitas

No lugar encantado

A noite chega com a lua

Céu estrelado

Rapidamente surge um cometa

Deixa-me paralisado

Faço um desejo

Quando a vejo

O Sol chega

Com o sorriso

Da guria

Que radia

Que maravilha

De bom dia!

Vibrante

De dentes

Brilhantes

Derrete

O corpo de gesso

Na manhã de verão

Esquenta meu coração

Sempre alegre

Aperta a minha mão

Na segunda estação

As folhas caem

Para o chão

Com a brisa cortante

Fico na pose elegante

Estático deus grego

Sossego

Aguardo

Como todo o mês de agosto

Chegou

Este inverno impera

Ainda estou a sua espera

Luvas, cachecol e touca

Muita roupa

Pluma viu-me

No friu

Na geada gelada

Abraça-me

Com todo o calor imenso

De raios tímidos solares

Nego em desviar olhares

Penso na amada

Ela pode ser a minha namorada?

Jardim de única flor

Entra para casa

Logo depois, a Rosa

Sai

Despediu-se

Do amigo de gelo

congelado

Manequim

Será que ela ainda

Pensa em mim?

Setembro primavera

Flores do jardim do campo

Florescem neste tempo

Serenos

Umedece meu rosto

Lágrimas de solidão

Na escuridão

Estou em manutenção

Trancado num recinto

Longe do meu amor

Sinto dor

Escuto sua voz

Ironia ou telepatia?

Está pronto!

Vamos voltar!

Vou te encantar

Reformado e bonito

Para ser seu namorado

Engraçado

Sorridente

Atraente

Cercado por grades

Enjaulado

Cheio de saudades

Sempre com seu jeito contente

Entra ligeiro

Senta no muro

Reparou-me

Carinhosamente

Olhar que contagia

Dizia-me

Que bom voltou!

Na luz do luar

Esta paixão faz-me flutuar

Fada amiga como a sinfonia

Bela de todos os dias

A rezar

Poderás ajudar-me?

Sim!

Despertou

Agora sou, humano

De ontem

Hoje

Estou bem perto

Valente

Sentimento

Bate no peito

Carrego um presente

Para presentear

Um simples colar

Senhora da fé

Bárbara!

Espero que goste!

Agrada

Obrigada!

Um abraço

No campo de futebol

Golaço

Estádio lotado

Torcida animada

Um beijo no rosto

Da eterna adorada

Do amado

Sorteado

Prateado

O encanto termina

Tendo que deixar

Aquela adorável menina

Com apito do juiz

No centro do gramado

Encerra a partida!

Aquele momento eu vivi

Eterna alegria

Parado

Ao relento

Como uma obra de arte

Engessado

Todos os anos nesta praça

Jamais perco a graça

Nem a esperança

De abraçar a moça

Que se foi como a vida

Com a lembrança

Da sua breve despedida

O astro rei

Ilumina o busto de ferro

Bronzeando

O corpo esculpido

Na data

Marcada

Registrada

Na posição perpétua

Da Estátua

Sou eterno.

Sergio Assis dos Santos
Enviado por Sergio Assis dos Santos em 05/05/2011
Reeditado em 16/08/2011
Código do texto: T2951635