A Cura
Escrevo como o moribundo no leito de morte
Esticando os braços às cegas, clamando por vida.
Na plena ignorância acerca do que há do outro lado.
Desesperado, crente que nas palavras é que fico mais forte.
O retumbar das teclas soa como a saída
Que encontra um recém desfibrilado
Ao novamente ouvir a própria respiração.
Maculo no papel o que nem a vastidão do tempo olvida.
E, convalescente vendo o resultado, posso sentir-me
Enfim curado.
05/05/2011 - 18h30m