A Cura

Escrevo como o moribundo no leito de morte

Esticando os braços às cegas, clamando por vida.

Na plena ignorância acerca do que há do outro lado.

Desesperado, crente que nas palavras é que fico mais forte.

O retumbar das teclas soa como a saída

Que encontra um recém desfibrilado

Ao novamente ouvir a própria respiração.

Maculo no papel o que nem a vastidão do tempo olvida.

E, convalescente vendo o resultado, posso sentir-me

Enfim curado.

05/05/2011 - 18h30m

Rafael P Abreu
Enviado por Rafael P Abreu em 05/05/2011
Código do texto: T2951405
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