Dissidencia itabirana
Uma terna idade vivi lá em Itabira
Independente de vontade nasci ali
Hoje estou um alegre baianeiro
Cem por cento negro sem o pó do minério de ferro.
Vinte por cento feito deste sol que me queima a pele.
E esta solidariedade que me acompanha
É pura herança que favorece nesta confusão
A vontade de nadar que tira a vonta de trabalhar
Vem das lembranças de Itabira,sem praia sem sol
Sem um Por do sol sobre o mar a inspirar nem das moças do lugar,
que se exibiam nas janelas com flores amarelas nos cabelos.
A minha amarga herança itabirana.
De itabira trago algumas lembranças em formas de presentes
Este pedaço de pedra de uma serra que nao mais existe.
Este passaro empalhado que vivia no meu quintal
O lambari fosseificado da fonte Agua Santa hoje poluída e feia.
Não tive nada naquela cidade,nem dinheiro nem amores
Hoje sou um simples engenheiro
Saudado como um bom baianeiro.
Itabira é aquela foto ali naquela parede
Que namoro e que não dói
Mas vejo que vem a maldita traça.
Será que corroi?
Toninho
http://mineirinho-passaredo.blogspot.com/
Mas eu amo a minha Itabira e minha Minas tão Gerais uai, acima de todas as cidades, antes que os itabiranos de plantão torçam o nariz sobre mim isto é apenas um exercicio parafraseando em pobre parodia com a obra “Confidencias de um Itabirano” de Carlos Drummond de Andrade.