Bem-te-vi na manhã
Abri os olhos e já era manhã!
O universo todo em mim estático,
No fundo, um bem-te-vi simpático,
Anunciava um novo amanhã!
Sem mover músculo algum,
Em mais este dia de outono,
Imaginei o mundo no abandono,
Pensei nas notas do meu breviarium.
Senti das primeiras horas o frescor,
Nas árvores o orvalho e seu odor,
Da vida, pulsando em mim o calor!
Pisquei lentamente os olhos,
Respirei profundamente a vida,
E disse à vida: bem-te-vi!