RAÇA DE VÍBORAS
Sou um forasteiro
Adoro curvas sinuosas
Sou curandeiro de mentes tortuosas
Mentes monstruosas
Prosas em rosas escuras
Sonetos em guetos sem frescura
Poesias em crias cruas
Escrevendo a gente recria criaturas
Monstros urbanos na rua
De armas nas mãos em guerra
Monstros nucleares
Tudo pro ares explodindo feras irmãs
Monstros em surdina talibãs
Indústria sutil do mal
Minas que arrancam pés
Onde estamos rastejando?
É a escravidão do ser descartável
Televisores gestores de dores
Coletores de gente sem ar
Cobertores com armas de precisão
É a gestação do horror a nos dominar
É a canibalização do terror
É a universalização do poder
Ambiciosos que adoram tomar o trono
À força do dono do mundo
Matam-se como galinhas e patos
E tornam-se porcos em tronos
E o mundo espera, espera, espera...Até quando
Até ser tempo de a carnificina suína chegar
Embustes em tudo quanto é lugar
É o epílogo da raça humana
O destronar deste Deus que nos abandonou
Diante de nossa propria emasculação em culpa-lo
Como um carcará que subiu ao céu
Um Alá, um aqui um acolá, uma vestimenta postiça
Como areia movediça, e com arma na mão
Não há cristão que resista cristicamente falando!
Não bebem, mutilam meninas com a cincuncisão
Do clitóris, amaldiçoam outras formas de orar
E o que trai é subtraído a pedradas pelo povo
Que segue a norma religiosa pra não ser abatido vivo
E a carniça ficou detida no reino da cascavel
A guerra começou danem-se Caim e Abel
Ela nunca termina é a vingança de Jezebel
Dentes de balas esfomeadas de armas e corpos macios
Foram feitas pra devorar a raça humana!
Somos o alvo vermelho do tresloucado pincel
Mais garanto que nesta guerra insana
Ninguém está a salvo neste cinzel
E restará o último exercito se fazendo de réu
A querer combater com Deus
E trazer-lhe a coroa como seu troféu!