Mulher Menina



Uma menina se ajeita entre letras
E faz-se passar por gente grande,
É minha Vida correndo entre
Cantos que não foram ainda entoados,
Poesias que não foram rimadas
Nos tantos labirintos destoados
Descobertos por grandes provações,
A menina chora na recusa da compreensão,
A mulher acha tudo uma grande ilusão,
São duas poesias numa só,
Duas Vidas em mim mesmo,
Sou eu comigo querendo brincar
Com a menina que nunca se foi,
Com a mulher que jamais deixou
A poesia como vestimenta
De um alívio necessário
Quando a Vida pede mais
Do que posso dar.
 
Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 05/05/2011
Reeditado em 09/07/2021
Código do texto: T2950038
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.