Dunas Negras

Feito câimbra no encéfalo cansado

Essas desgastadas visões do passado

Repetindo-se frenética e insistentemente

Proliferando e expulsando os gases que alimentam

Tal fogo hierárquico projetado ao que ainda intentam

Varrer pra debaixo do tapete da minha mente

Até quando existirá o dono da humanidade?

E quando desatar o nó de teu pensar pode ser tarde

Corre imponente em teus passos impotentes

Inconveniente essa sensação de que o fim chegou

Pormenor menor de tal sensação que experimentou

Esvaecendo-se lentamente desses passados presentes...

Rufam os tambores desta tribo escondida

Entre os anéis mais ocultos da região esquecida

Da límpida esmeralda de teu cérebro ainda confuso

Que rodopia entristecido entre as cóleras e lembranças

Mistificado e somado às tuas mais ávidas esperanças

E um destino atroz e cataclismicamente profuso!

Lambendo a costa desta praia deserta

Ondas pesadas que aos calos aperta

Respaldando as dunas negras de areia solitária

Este desalento e desencanto aplaudem

Todo o hoje que vai virando ontem

Perante a lua prateada feito a bruta navalha

Que dilacera os sonhos mais nobres do Homem!

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 04/05/2011
Código do texto: T2949716
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