FINJAS TRISTEZA, POETA !
Maria Luiza Bonini
Ao fingires a dor que, deveras, sentes
Estás revigorando a força do poeta
Se saudares a alegria, por de certo, mentes
No intento de dissimular a dor secreta
Ao fingires a dor que, deveras, sentes
À inspiração que está em ti, despertas
Alimentando o amar que há em ti, latente
Para que a tristeza e a dor fiquem alertas
Ao fingires a dor que, deveras, sentes
Abortas de dentro de ti toda a tristeza
Passas a alimentar da alegria toda beleza
Ao fingires a dor que, deveras, sentes
Asperges ao mundo um cantar tocante e uno
Eleva-nos a devaneios por misteriosos rumos
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São Paulo/Brasil
abril/2011