JOR-NADA

Pés cansados e feridos,

vou seguindo a caminhar,

olhos postos no horizonte,

o meu norte, onde está?

Todos os rios já sabem

aonde um dia vão chegar,

mas meu rumo é impreciso,

não vislumbro nenhum mar...

Voam dias, correm noites,

e o tempo a passar.

Sou incerto como a brisa,

sempre errante a soprar...

E você que me escuta

poderá me ajudar?

Nem mesmo o silêncio responde.

Ele, também, de mim se esconde.

José de Castro
Enviado por José de Castro em 04/05/2011
Código do texto: T2948936
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