JOR-NADA
Pés cansados e feridos,
vou seguindo a caminhar,
olhos postos no horizonte,
o meu norte, onde está?
Todos os rios já sabem
aonde um dia vão chegar,
mas meu rumo é impreciso,
não vislumbro nenhum mar...
Voam dias, correm noites,
e o tempo a passar.
Sou incerto como a brisa,
sempre errante a soprar...
E você que me escuta
poderá me ajudar?
Nem mesmo o silêncio responde.
Ele, também, de mim se esconde.