MENINA MULHER
De quando em vez você some
Sem nome e sobrenome
Chega insinuante como sumido codinome
Escondida atrás desta luxúria espremida
Retesada no ar prestes a explodir
Afinada pelo mandamento a voz sucumbe carnal
Mas quero verte mais, me consomes no olhar
Menina malina, fêmea fatal!
Verteste beirando ao teatral
Vestida de infinitude, te busco no astral
Como se num só momento real
Desabasse tudo na tua altitude
Tipo aquela virtude escondida
Atrás desta tua negritude de cílios
Como uma sátira menipéa
Vestida com olhos de catedral