ABRIGO

ABRIGO

Lembro da folha solta...

caída da árvore revolta pelo vento debochado, atrevido, irritado!

Vento à procura de alguém

que lhe fizesse também alguma provocação

Vítima do desafio, a folha sem rumo certo rodopiava no ar

pairava...

vagava...

não tinha onde pousar!

O vento insolente ria riso inconveniente - irônico, perverso...

Vendo-a, assim, aflita

acolhi esta desdita

na poesia do meu verso

dacosta
Enviado por dacosta em 03/05/2011
Reeditado em 04/05/2011
Código do texto: T2947579
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