saudades nem sei de quê
Quando olho por aí estas paisagens de Paris
Os castelos da Espanha
A antiga Roma
As calçadas repletas de mesas e cadeiras
Quando penso na paisagem gris
Quando o branco da neve me cega os olhos
Quando imagino Viena
E me sinto, outras horas, passeando em gôndolas
No coração um langor, tanta pena
Quando levanto o rosto e me deparo com os monumentos
E quando admiro a solenidade dos templos
Quando escuto o som de estrangeira língua
Sinto que a alma morre à míngua
Com saudades nem sei de quê
Mas até desconfio
Fui alguém de quem me esqueci
Que tantas outras vezes nasci e morri
E quase em vidas passadas penso crer