Saída pela porta dos fundos (ou) Um epílogo pessoano
Aí quando eu messento,
A ideia messome.
Diluisse loucamente esfumaçante,
Fazendo com que eu apenas assista
Aos carros e à doença
Correrem livremente sob meus olhos.
E levo (sim) a mão ao queixo,
Como fosse um pensador.
E procuro pensar e dar forma
Ao conteúdo, enquanto ele me escorrega
Fácil e enjambemante.
Sim.
Procuro o sentido no som do trem
Atrás.
No gay
De mãos dadas com a bunduda.
Não. E não posso perder este
Instante, porque ele existe.
E sou mais mulher. Um devir. Meu dever.
Não posso perderme do lance
Que me consome e assola, na mesma medida
Em que odeio clarice e que transfiguro o
Indizível.
Chego num ponto donde não sei como sair,
Nem se dizer sim. Sei o que não sei.
Mesmo sem perceber o momento de consciência.
Então eu que sou e discorro e transcorro
Por intermédio da urgência da voz e Expedito
Sou nada além das palavras insuportavelmente mudas;
Sem vírgulas. Sem mim.