DENTRO DA ESCURIDÃO

Olho no olho, a menininha dos olhos, retina

É como entrar na íris do pontinho enegrecido

E recolher a estrela cicatrizante da escuridão

Nada nos diz até a trazermos pra era coloidal

Pra fora do tecido pupilar cerceada

Por um séquito branco, exercito real

Infelizmente amanhecemos num

Desabrochar focal que a tudo faz bocejar

Sem se quer saber qual o segredo

Que existe por trás deste pequeno orifício do olhar

Contida no grão do anoitecer-se em midríase

Onde a cortina da pálpebra

Encerra o espetáculo

Fechando-se em si.