Dos Alforjes - I

Toca a brisa pela cálida tarde que se desnuda,

Torres de nuvens formam a próxima tempestade,

Não é para agora, deve ser no correr da noite,

O ar ingênuo do Sol esperando pela Lua...

Toca a lâmina pela carne que se apavora,

Correntes enlaçam o pescoço, sufocantes,

Não vai cumprir, então não prometa nada,

A arte tênue de sangrar a pele toda nua...

Toca a pedra que assenta a trave no atro,

Titânicos lampejos entre deidades & demônios,

Rasgos de luzes cobrindo os Urais de Blake,

Gárgulas tomam seivas da garrafa que sua...

Toca a música escarlate, bandeira aflita,

O romper da aurora na lágrima que pulsa,

Desejos insanos, sonhos entre malditos,

Gestos afinam vontades, o gozo desvirtua!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 18/11/2006
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