Verdades?
– Não consegue falar bem de nada!
Teimam comigo que critico até amigo.
Que brinquedo bonito essa orelha empenada
Pendendo sempre ao que digo!
E olha que nem sempre digo
E, todavia, vejo roubadas,
Distorcidas, no ouvido bandido,
As palavras que trago caladas.
Não que fira e só maldiga.
É que se falo bem, ninguém vem.
E a verdade sai e me indaga:
- Coragem autêntica tem
De quase nunca viver de amém?
Em mim, se não assim, não há nada.