Afoite
Ousei ser madrigal
e macerar as sementes
trazidas pelos ventos matinais.
Ousei malabares
e deitei-me sob o céu
a contar estrelas sem pre_ocupações.
Caminhei sem olhar para trás
e para as in_verdades
fechei os olhos ciente do que não vi.
No meu outro lado
deixei somente o amor
tomar forma e andar sem aviso.
No toque entre plumas
aspirei todos os perfumes
mesmo os mais efêmeros.
Ousei ser feliz.