INDAGAÇÃO
Os braços que me abraçarão quando eu partir
Não serão os mesmos que me abraçaram quando eu cheguei.
EXTRAVAGANTE
Quantos instantes entre a chegada e a partida?
Quantas pessoas eu terei conhecido desde que cheguei até quando eu partir?
INSTIGANTE
Quanto alarido se fez quando cheguei?
Quanto silêncio se fará quando eu partir?
Festa houve quando eu cheguei. Um pesar se fará quando eu partir.
GIGANTE
Surpresa houve quando cheguei. Frustração haverá quando eu partir.
Risos pela novidade da chegada. Uma lágrima derramada na partida.
DIVINA COMÉDIA DE DANTE.
Para que estas indagações se aqui cheguei e daqui partirei?
Não importa.
Aqui passei.
EMIGRANTE
L.L. Bcena, 25/01/2011
POEMA 136 – CADERNO: TÊNIS VELHO