A fogueira das veleidades

“Há quem passe pelo bosque e só veja lenha para a fogueira”.

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debruçado sobre o pensamento incômodo

das minhas palavras triviais,

ouço as primeiras vozes da manhã

dos encontros casuais

na simplicidade do canto agreste

dos que não leem jornais.

Longínquos encontros de vida nas ausências

do conhecimentos tardio,

proliferando-se em tristes alcovas

nas noites que choram no cio

longe do desjejum das camas

dos que não ouvem da coruja o pio.

aqui alguém chora quase ao relento

ante a ansiedade dos coveiros de prontidão,

capim campestre barro sobre a alma,

últimos instantes da diferenciação

pois o regato que acalenta a dor do tosco

é o mesmo que afoga o brilho do barão.

nas últimas árvores gorjeiam testemunhas

da tua soberbia sobre o salto alto,

cedo descansará sob o concreto

longe da falsidade do asfalto

e no cortejo da tez branca em flor

virá a negação do teu último ultimato:

Para o amante das veleidades,

uma cova sem ar-condicIonado!

Kal Angelus
Enviado por Kal Angelus em 17/11/2006
Reeditado em 16/11/2012
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