(((::::POEMA DO NADA::::)))
Andei sem saber quais caminhos pisava
E não estou só, ando cansada
Mil imagens de mim multiplicam a luz
Mil olhares semelhantes igualam a carne
Já não há eclipse na fronte do universo.
Acorda-se uma manhã em que o Verão morreu,
A cor do mundo mudou.
A montanha já não toca o céu;
O ouro desata a rir ao ver-se fora do abismo
A água o fogo despem-se por uma única estação
Sigo acumulando lágrimas pela estrada
Hoje já não me sei - nada!
Nem o mar do ar revive na respiração.
Cerram-se os lábios resignados,
para sorrir frente à vida.