(((::::POEMA DO NADA::::)))

Andei sem saber quais caminhos pisava

E não estou só, ando cansada

Mil imagens de mim multiplicam a luz

Mil olhares semelhantes igualam a carne

Já não há eclipse na fronte do universo.

Acorda-se uma manhã em que o Verão morreu,

A cor do mundo mudou.

A montanha já não toca o céu;

O ouro desata a rir ao ver-se fora do abismo

A água o fogo despem-se por uma única estação

Sigo acumulando lágrimas pela estrada

Hoje já não me sei - nada!

Nem o mar do ar revive na respiração.

Cerram-se os lábios resignados,

para sorrir frente à vida.

Fernanda Mothé Pipas
Enviado por Fernanda Mothé Pipas em 29/04/2011
Código do texto: T2939293
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