Único*
A voz do corpo cresce
Se dispo-me Lua
Langorosa na noite
Meigamente pura
A vontade brada herege
Traço letras em teu leito
Sou fenda oculta do céu
No fremir das tuas veias
Do que foste e ainda és
Prostro-me ao pulsar do teu tempo
No fascínio que nos verga
Na adaga que nos corta
E o lume que nos guia
Dilui-se na pele sonhada
A estrela pára, o olhar treme
Nosso nome único geme
No ventre carinhoso da madrugada.
Karinna*