Após aula de teatro
A minha transparência mascarada não cala
Cada face minha aparece
E eu só finjo que estou a fingir
Quando reflito o que sou
Não me intrigo como das outras vezes
Só relembro o que fui aqui
E me satisfaço com a falta de depressividade
Que me assolava de forma assustadora.
O que contruí aqui fica, não para, fortalece
Uma parte cada vez mais íntegra
Que ecoa em cada gota de meu sangue
E recorta da minha carne
Cada parte já putrificada pelo passado
Do qual tento fugir
Vindo para cá.