Após aula de teatro

A minha transparência mascarada não cala

Cada face minha aparece

E eu só finjo que estou a fingir

Quando reflito o que sou

Não me intrigo como das outras vezes

Só relembro o que fui aqui

E me satisfaço com a falta de depressividade

Que me assolava de forma assustadora.

O que contruí aqui fica, não para, fortalece

Uma parte cada vez mais íntegra

Que ecoa em cada gota de meu sangue

E recorta da minha carne

Cada parte já putrificada pelo passado

Do qual tento fugir

Vindo para cá.

Talita Tonso
Enviado por Talita Tonso em 29/04/2011
Reeditado em 20/06/2011
Código do texto: T2938868
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