A PEDRA

No meio do caminho havia

uma pedra.

Não era a de Drummond.

Estava ali jogada

na grama que ladeava a calçada.

Estava solitária e triste.

Queria outras pedras

para juntas fazer

MONTE

MONTANHA

MURALHA

Fortaleza.

Talvez um alicerce

CASA

EDIFICIO

TEMPLO

QUERIA SER A PEDRA ÂNGULAR.

Era apenas uma pedra

largada de qualquer jeito

ABANDONADA.

Nem para tropeço servia.

Dependia de alguém para lhe dar sentido.

SIGNIFICADO.

L.L. Bcena, 26/09/2010

POEMA 134 – CADERNO: TÊNIS VELHO

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 29/04/2011
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