Meus versos e teus reversos...

Hoje, quando estive contigo
Meu mundo transformou-se em ruínas
Nossas máscaras foram levadas pelos ares
Tudo que foi edificado tornou-se pó
Pois ao pó retornaremos
Mas não, agora não, meu querido 
Primeiro vou cantar-te canções
Canções que nunca foram ouvidas nessa Terra
Vou embalar-te em meus versos ávidos e sedentos
E seguirei contigo nesse voo que me inebria
Canto e me encanto com teus reversos
Quero sentir o êxtase e no teu âmago me aconchegar
Traduza-me, tira-me as vestes – contraria toda a minha natureza pueril
Encontre todos os meus “eus” que estão em verdes casulos
Liberta-me da ingratidão, dos falsos moralismos, das utopias e vaidades humanas
Faça-me tua como se fosse a primeira vez
Agarro-me as tuas palavras fortes e que como setas me marcam e me transformam
Sondo teus olhos viajantes e profundos como o mar
E sinto em meu peito toda a tua verdade, tua inteireza, tua natureza
Amo por demais as palavras...
Já me saquearam quase tudo nessa vida mas deixaram-me as palavras
E com elas vou embebedar-te com meus versos
E dentro do mim quero  sentir  teus reversos
Deixaram-me as palavras...
E você, quando surgiu em minha vida, passou a fazer parte de todos os meus versos
E assim seremos um só: verso e reverso.





Janna Olliver
Enviado por Janna Olliver em 29/04/2011
Reeditado em 20/10/2011
Código do texto: T2938421
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