Inquietamento
Por que te entristeces, querida?
O que faço é fingimento.
É a lente que torna maior a descida
Das questões que trago por dentro.
Por que tamanho inquietamento?
É apenas tinta e pena.
É que nasce no fundo um tormento
Que a mente quer que eu esprema.
Não fique assim.
O que escrevo não é por mim
E me perdoe a pena
De falar senão por poema.