O FUMANTE DO BAR

Sobre o balcão

o tempo despojado

em disco de vinil.

A vitrola zumbindo notas

parecendo moscas

sobrevoando a coisa morta.

No fundo da loja,

entulhada de poeira,

quinquilharias e velharias

UM SOLITÁRIO FUMANTE.

Decepcionado por ter

perdido o bonde.

No fundo também ficara

estupefato com a rua

que se desnudava

a sua frente mostrando

que o tempo era outro:

o presente vestia modernidade.

O SOLITÁRIO FUMANTE

inspirava a fumaça

de seu vício.

Os que passavam,

a contemporaneidade.

L.L. Bcena, 28/10/2010.

POEMA 132 – CADERNO: TÊNIS VELHO.

Leonardo Lisbôa
Enviado por Leonardo Lisbôa em 29/04/2011
Código do texto: T2938349
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