CONFESSA, QUEM ÉS?
Arremetes-me ao lago de meu ventre
Invadis-me, diz-me logo quem és?
Uma cicatriz que meus dedos acariciam
Pra cima e pra baixo como sanfona invertida
Mente pervertida, atrevida, ávida
Diz logo quem és entre vis e viés
Guardas minhas entradas e minhas saídas
Guardador do meu portal e chamariz flexível
Feitas de duas tiras orladas de uma cremalheira
Com bocas de dentes que se engrenam indecentes
Que se alinham por meio de um piercing
Que pegamos com as pontinhas dos dedos
Bem delicadamente vamos deslizando
Diz me logo quem és...
Uns te chamam como quiser
Do jeito que bem se quer
Alguns te chamam de fecho de correr
Outros de zíper mais eu te chamo
Mesmo é de Fecho-ecler.